Camapuã e Tucum – realizando sonhos

Camapuã e Tucum – realizando sonhos

14 de dezembro de 2015 1 Por aventurasdoabilio
0 Flares Twitter 0 Facebook 0 Filament.io 0 Flares ×

Metas de vida, quais são as suas? Você deixa que as coisas apenas aconteçam ou você sonha e se dedica para que se tornem realidade?

Um filme que marcou minha vida foi o Bucket List (Antes de partir), basicamente, uma pessoa sonhadora e outra prática, mas devido as condições de vida, se dedicaram em planejar tudo que tinham vontade de fazer antes que não pudessem mais.

Certo dia, no trabalho estava eu conversando com a Mayara, e ela me contou que tem uma lista de coisas que gostaria que acontecessem ou fazer no futuro. Uma delas era subir uma montanha. Minhas palavras para ela foram: “Vou achar uma bem legal para fazermos”. Passar pela vida de alguém e de certa forma poder fazer alguma coisa e ser lembrado positivamente, é muito bom e sempre que eu puder eu farei.

Procurei na minha lista de montanhas qual eu poderia escolher e ser realmente um presente. Lá estavam o Camapuã e Tucum, uma subida dupla. Recrutei mais amigos, Silveira, Mille, Diogo e partimos.

Fomos em dois carros, nosso encontro foi em posto na saída de Curitiba para Colombo, uma reforçada no lanche, feitas as devidas apresentações para integrar a equipe, compartilhamos nossas informações roteiro e fomos.

Eu tinha impresso orientações de como chegar a fazenda, não eram coordenadas tão recentes por isso tivemos um pouco de indecisão no caminho. “É antes ou depois do pedágio?”. Eu estava indo na frente, mas resolvemos deixar que o Diogo fosse puxando a fila, passamos o pedágio, pegamos uma estrada de chão, pergunta uma, duas vezes. Escolhe direita ou esquerda? E por sorte chegamos.

A fazenda estava com bastante visitantes, a base tem acesso para outras montanhas da região. Fizemos o cadastro de segurança, pagamos a taxa de 10 dilmas, pegamos mais informações e seguimos.

Próxima parada topo do Camapuã! Doce ilusão haha a trilha é puxada, as subidinhas do caminho são brutas, paramos várias vezes, hora descansar, hora para esperar, outra para conversar com pessoas que íamos conhecendo no caminho, as vezes por surpresas boas, tipo árvores históricas. O caminho é pela floresta fechada. Para que pressa? O bom da viagem é o trajeto.

 

Ficou nítido que preparo físico faz diferença, nosso grupo se dividiu, Diogo e Silveira, disparados sem freio foram antes. Eu e Mille, fomos botando o papo em dia e esperando a Mayara, desmaiada vindo logo atrás. A sorte que as pessoas pelo caminho são sempre muito bacanas, todos incentivam, ajudam para que a alegria da conquista da montanha seja de todas.

A chegada no topo do Camapuã é puxada, tivemos a sensação de estar subindo uma parede, subida bem vertical, os passos direto na pedra, achar um matinho para melhorar a estabilidade era a melhor opção.

 

Chegamos esgotados, hora de sentir o vento no rosto, fazer um lanche descansar, logo, partir para a segunda etapa.

O lanche merece atenção especial, a Mille e o Diogo, tem uma garrafa térmica que levaram com um café ótimo, foi salvador. Cada um devidamente acomodado em uma pedra, ficamos conversando e descansando. Para os mais conectados hora de mandar uma foto nos grupos do whatsapp, não tem wi-fi, mas tem 3g na montanha haha.

Para cada lugar que apontávamos as câmeras saía uma foto bonita, que lugar, o bom de termos começado cedo, foi que durante a subida encontramos com as nuvens e no topo o céu estava limpo e azulzinho.

 

Hora de arrumar a mochila novamente e seguir ainda tínhamos o Tucum para conquistar. A Mayara, decidiu ficar nos esperando, para ela o esforço tinha sido grande e ja podia riscar o item da sua lista. Valeu Mayara, nos vemos em breve. A distância entre um morro é outro é curta, descemos um pouco até pegar o início da trilha do Tucum, um pouco mais estreita, difícil, bola pra frente.

Algumas coisas que começaram a incomodar, o sol do meio dia, judiando, para a Mille a vontade de ir no banheiro haha e minha água que por algum motivo estava com gosto de sabão. Os papos foram animando a caminhada, um grupo com pessoas de diferentes áreas de atuação, fazem os assuntos serem os mais variados, que bom que tinhamos, advogados, engenheiro e um analista de sistemas, todo mundo não podendo falar apenas do trabalho haha.

Tucum deu margem para várias piadinhas. Ainda lembramos numa mesa de bar e rimos. Um privilégio é a vista de lá para o Pico Paraná praticamente um camarote.

 

Hora de voltar

Dizem que para descer todo santo ajuda, na verdade, em alguns casos parece mais como pagar uma promessa, as pernas estavam tão cansadas que parar em pé era uma missão dificil. A água acabando, fomos racionando, até encontrarmos um dos riozinhos que cortam a trilha. O caminho de volta é movimentado, sempre tem pessoas subindo a tarde para ficarem acampando, impressionante, como levam coisas, parece que para eles o peso não incomoda.

 

A base estava lá nos esperando com bebidas geladas e pastel fritos na hora, melhor comida do mundo, a fome tem a capacidade de deixar o tempero ainda melhor.

Claro, que não iriamos assim tão fácil, pelo jeito eu esqueci os faróis do carro acesos, tentei ligar e nada. Estava estacionado em um lugar onde empurrar seria impossível. Por sorte o morador tinha um cabo para recarregarmos a bateria, o carro novinho do Diogo pelo jeito nunca tinha tirado a proteção da bateria. Bom, sempre tem a primeira vez. Recarregados, hora de ir para casa.

Obrigado pelo dia, pela compania e por mais essa história. Essa trilha está sem dúvida no meu ranking das favoritas.

Informações

O Camapuã tem 1706m e o Tucum tem 1736m. Os dois formam um combo, você tem que passar por um pra chegar no outro, e esse processo leva de 30 a 40 minutos, mas a subida em média até o Camapuã leva 3 horas e a descida é um pouco mais rápida, mas reserve suas 3 horinhas também.

Para se chegar a fazenda que da acesso à essa montanha, deve se pegar a rodovia Regis Bittencourt, que liga Curitiba a São Paulo. Seguindo nesse sentido, logo após a entrada da estrada da Graciosa, existe um posto policial. Após, verá um posto de combustível da Esso. Fique atento, pois a entrada à estrada de terra que leva a fazenda estará logo após, cerca de 400 metros.

Dicas

leve água, muita água, comida boa, de preferência que não ocupe muito espaço e nem sejam pesadas. Se for levar salgadinhos, eu indico pingo de ouro haha

Protetor solar, repelente, boné, roupa limpa para voltar são bacanas também.

ps: Recebi os primeiros elogios sobre minhas histórinhas de uma amiga que foi paciente e leu todos os posts. Obrigado Camila 🙂

Extra