Caminho do Itupava
Resumo e Informações
O Caminho do Itupava é uma trilha histórica que liga Curitiba a Morretes, no estado do Paraná, no Brasil. Aberta entre 1625 e 1654 por indígenas e mineradores, foi posteriormente calçada com pedras por escravos.
Localização: Quatro Barras – PR
Distância de Curitiba: Aproximadamente 38 km do centro de Curitiba – mapa
Altitude: 1.082 metros.
Trajeto em trilha: Aproximadamente 25 km
Tempo médio: Depende muito do ritmo e das pausas para contemplação.
Contato: (41) 3213-3407 – http://caminhodoitupava.com.br/
Hora de encerrar o ano e agradecer por tudo de negativo e de positivo que 2015 trouxe, o primeiro por nos fortalecer e ensinar, e o segundo por abrandar nossos corações e nos fazer sorrir. Com certeza uma das melhores coisas que 2015 trouxe com força total foi a paixão por trilhas e caminhadas na natureza. foi assim que comecei o ano, assim que me mantive em paz nos momentos que a vida me desequilibrou e assim que fiz quando me senti muito feliz. Que venha 2016, novos destinos e muita aventura. As pessoas que encontrei pelo caminho e que estiveram ao meu lado, muito obrigado, fizeram muita diferença.
Agora vamos lá, a ultima do ano, a mais longa, a mais histórica, a que mais me derrubou e a que tinha mais aventureiros. Esse grupo foi organizado por amantes de trilhas de Curitiba, ninguém ganha nada apenas o prazer do esporte, a tecnologia ajuda muito a encontrar pessoas com mesmos interesses e foi assim. O whatsapp, vai avisando e as pessoas se envolvendo, era para ser uma van, mas o sucesso do convite foi tanto que tiveram que pegar mais uma. Eu tinha feito apenas uma trilha com o pessoal, e o caminho do Itupava estava em meus planos há muito tempo. Não tinha feito antes, porque fiquei esperando a oportunidade de ir com um grupo grande, e ela veio. Foi bom para encontrar amigos que não via há bastante tempo, a Mille e o Diogo, que já foram citados aqui quando fizeram o Camapuã e Tucum, estavam por lá, e para conhecer gente nova.
Por que ir de van?
O ínicio da trilha é em Quatro Barras, e o final é em Morretes. A não ser que faça o caminho de ida e volta é melhor ter como voltar. Existem outras opções, pode pegar o trem na estação Marumbi, ou voltar de ônibus de linha, terá que andar aproximadamente 4 km a mais, de Porto de Cima até o centro de Morretes. A van nos deixou no ponto de partida e no horário combinado estava lá nos esperando para o retorno e saiu mais barato.
Começando
Chegamos no IAP aproximadamente 8:30, apesar de ter chovido bastante no dia anterior o céu estava limpo e o sol brilhando. Fizemos nossa identificação tiramos a foto de partida com todo o grupo e seguimos. Com um grupo de mais de 20 pessoas é normal se dividir, tem os que andam rápido, tem os que querem aproveitar bem, e tem os retardatários. Nesse dia, se formaram 3 grupos, fiquei no mais lento, queria muito aproveitar da melhor forma possível e ir com calma, as pedras do caminho são bem lisas e molhadas estava praticamente impossível ficar em pé.
O caminho é bem limpo, o único obstaculo é o barro, para quem quer evitar se sujar muito deixe alguém ir na frente haha aprender com os erros dos outros é a melhor forma. Isso era o que eu ouvia do grupo, eu mesmo deixando as pessoas irem na frente atolei e bonito, fiquei com barro na altura dos joelhos e ao tentar desatolar um joelho atolava o outro, tudo virou risada. Unica coisa ruim é ficar com os pés molhados até o final da trilha, isso aconteceu logo no começo. No começo tivemos um acidente a Bia, nossa integrante de primeira viagem torceu o pé, foi guerreira, aguentou até o final, não reclamou, não xingou levou tudo com bom humor. Importante, sempre levar relaxante muscular e pomada anti-inflamatória, sempre acontecem imprevistos.
Com mais ou menos duas horas de caminhada chegamos a Casa do Ipiranga, construída alguns anos depois da ferrovia em local previamente ocupado por um acampamento de operários no cruzamento com o caminho do Itupava, foi edificada para residência do engenheiro chefe da linha e depois utilizada como clube de lazer pelos engenheiros da rede até a privatização da linha, quando foi abandonada e rapidamente destruída por vândalos.
Saindo nos trilhos ao lado direito esta a roda d` água, onde paramos para o nosso primeiro lanche. O lugar é bem tranquilo, tem lugar para entrar na água ou só para ficar curtindo o descanso e a paisagem. Antigamente funcionava uma pequena hidroelétrica que abastecia a casa do Ipiranga. Se tiver medo de altura, agarre o cabo de aço e atravesse para poder curtir o visual nas pedras.
Nesse ponto tem duas opções para continuar a trilha, pelo caminho na floresta Atlântica, ou pelos trilhos, os dois levam até a Santa do Cadeado, fizemos pela floresta, podemos ver pequenas cachoeiras e aproveitar mais a natureza.
Ufa, nesse ponto o cansaço já é grande, aproveitar para descansar reforçar as forças com um lanche e tirar fotos, o lugar é bem bonito. A trilha para continuar passa atrás do santuário. Tivemos sorte até esse ponto, a trilha estava praticamente vazia, os bichos foram se aproximando, pudemos ver várias espécies de passarinhos, duas cobras, e uma família de macacos.
O caminho continua ao lado do rio Nhundiaquara, aproveite para se refrescar, molhar os pés relaxar, o dia tava bem quente, valeu a pena demorar mais um pouco para curtir um pouco da água gelada. Um agradecimento especial ao Arnaldo, que foi muito parceiro de ir nos ajudando e explicando cada detalhe da trilha, ele ja fez 6 vezes.
Um pouco de história
O Caminho do Itupava é uma trilha histórica aberta para ligar Curitiba a Morretes no estado do Paraná, Brasil, entre 1625 e 1654 por índios e mineradores e calçado com pedras por escravos. Durante mais de três séculos os caminhos coloniais foram a única passagem da costa para o planalto, dando posteriormente origem às rodovias e ferrovia, que possibilitaram o desenvolvimento do Estado do Paraná. Deu origem ao traçado da estrada de ferro.
Há trechos em que o calçamento original ainda está bem preservado, principalmente na serra. No trajeto o caminho cruza a ferrovia Curitiba-Paranaguá em dois trechos. O primeiro, ao lado das ruínas da Casa Ipiranga, e o segundo, no santuário de Nossa Senhora do Cadeado. No sopé da serra encontra a estrada que liga Porto de Cima à estação ferroviária de Engenheiro Lange. Deste ponto até Porto de Cima, o caminho margeia o Rio Nhundiaquara e onde ainda ocorrem pequenos trechos calçados. Entre o santuário e o sopé da serra localizava-se o ponto de cobrança de pedágio para o uso do caminho, na época colonial.
Mapa
https://www.google.com/maps/d/embed?mid=ztQs_Bxrf1Us.k_LbIuwl7GSY&hl=pt-BR
Olá, gostaria de conversar sobre as aventuras. Poderia me mandar seu e-mail????
cristianocafr@gmail.com
Olá,
Vcs teriam alguma Van pra indicar ?!?