Morro Pão de Loth – parecia ser fácil

Resumo

Localização: Quatro Barras/PR
Distância de Curitiba: Aproximadamente 37 km do centro de Curitiba mapa
Altitude: 1.300m
Trajeto em trilha: 9 km
Tempo médio de subida: Aproximadamente 1 hora e meia
Valor da entrada: Gratuito, porém  se deixar carro em estacionamento, todos são particulares.

Alguns amigos, alguns amigos dos amigos e até alguns desconhecidos, tem vindo falar comigo, sobre as trilhas, alguns elogiam, outros pedem sugestões, e alguns até querem se aventurar junto. Fico sempre muito feliz quando demonstram interesse, é um hobby que me faz muito bem e sempre que eu tiver boas companhias eu terei certeza que será ainda mais divertido.

Foi assim que nasceu a aventura desse post, a Yuna, leu alguns dos meus posts e comentou quero fazer uma trilha, pediu algumas dicas e um dia eu falei, se quiser vou junto. “Combinado”, nossa intermediadora foi a Aline. Ela chamou os amigos, formamos um grupo de quatro pessoas, Aline, Yuna, Samuel e eu. Queríamos um destino bacana, mas que não fosse muito dificil, elas não tinham feito nenhuma trilha tirando os passeios em parques estaduais. Como recentemente eu fiz o Caminho do Itupava sugeri o Morro Pão de Loth que fica na trilha. De acordo com a internet é para iniciantes.

Por que Pão de Loth?

Recebeu essa denominação por conta da sua forma peculiar, que muito lembra o tradicional bolo de origem portuguesa. Com 1.300 metros de altitude, essa elevação ocupa uma posição privilegiada, permitindo uma vista magnífica da capital, da Baia de Paranaguá e do restante da Serra do Mar.

Trilhando

Véspera de Natal, todo mundo na correria, mercado, shopping, últimos preparativos. Eu ainda tinha que comprar uns presentes, já que deixei tudo para a última hora. Mas, aproveitei o meio período de folga no trabalho e fiquei bem longe dessa agitação. Fui para a natureza.

Próxima parada Quatro Barras, essas japas são umas figuras, conversas sobre as festas, sobre musicas, muita cantoria e risadas. Aprendi como homens podem ser mais prevenidos do que as mulheres, elas esquecem tudo ou perdem no meio das barracas.

Chegando no IAP, fizemos a identificação, pegamos algumas instruções sobre a entrada na trilha para o Morro, falta sinalização, são aproximadamente 90 minutos de caminhada até a bifurcação, pegue o caminho para a direita. Caso, passe esse ponto de entrada e chegar até a placa do boa vista, volte! Preste atenção o morro é bem visível do caminho.

A caminhada foi puxada, o Samuel foi na frente, acho que ele tava tentando matar as meninas, o ritmo foi intenso. As meninas em alguns momentos questionavam: “Como as trilheiras conseguem chegar no final de tirar aquelas fotos divas?” haha

Para os iniciantes tenho que dizer que os perrengues fazem tudo ser melhor. Prefiro quando chove, tem barro, tem imprevistos e quedas. Por falar em quedas tivemos a honra de perder o fôlego de tanto rir com a Yuna, que por dar um salto maior do que a perna, ou por não verificar se a base era firme, fez um tratamento de beleza com lama.

A trilha para iniciantes foi se mostrando não tão simples assim, o mato estava fechado, ia nos abraçando pelo caminho, os degraus eram altos demais para as pernas, nada que um empurrãozinho, puxadinha, ajudinhas não resolvessem. Uma dica, “olha o cajado”, ele pode ser seu melhor amigo, durante o percurso. Há quem diga que é mico, mas se você esta começando, qualquer ajuda é sempre bem vinda.

Descansar, tomar agua, comer alguma coisa, prender o cabelo, esticar as pernas, vão dar um ânimo. No meio do morro ja vamos sendo presenteados, o vento, a vista, fazem com as peças comecem a se encaixar. Vamos lembrando porque estamos passando por tudo isso. Reclamar, faz parte, né?

A impressão que tive foi que elas nunca mais farão outra trilha, o choro foi livre.

Chegamos…

Depois de passar entre pedras, hora de achar uma bem confortável e curtir a conquista.

As dificuldades são como as montanhas. Elas só se aplainam quando avançamos sobre elas.

Provérbio japonês

Hora de voltar

A caminhada na volta, foi mais tranquila, nada mais era surpresa o caminho de ida tinha deixado a impressão que tudo seria mais fácil, tirando os escorregões, nenhuma surpresa. Eu aprendi fazendo trilhas que subir cansa e descer se não cuidar machuca, força bastante a musculatura.

Algumas dicas

• Use calça (evita contato com a vegetação e protege de insetos)
• Verifique se tem tempo suficiente para fazer pausas e não ser apenas uma correria
• Antes de sair do estacionamento, tenha certeza que trancou o carro. Nesse dia deixei o vidro aberto
• Tudo melhora depois de um banho

Para concluir quero agradecer pelos momentos, realmente foi divertido. Assim, que se recuperarem estão convidadas para as próximas.