Abrolhos – Pico Marumbi

Resumo

Localização: Parque Estadual do Marumbi
Distância de Curitiba: Aproximadamente 74 km do centro de Curitiba mapa
Altitude: 1.200m
Trajeto em trilha: 14 km
Tempo médio de subida: Aproximadamente 2 horas
Valor da entrada: Gratuito.

Ói, oia o trem, vem surgindo de trás das montanhas
Azuis, olha o trem

Meus amigos voltei, eu tava ficando louco. Sim! Estou na ativa novamente. Tenho tentado fazer trilhas novas, procurando novos destinos, para explorar o máximo as possibilidades no Paraná. Foi assim, que surgiu esse destino. As montanhas do Parque Estadual Pico Marumbi, são muito conhecidas por montanhistas, escaladores, grupos de escoteiros e visitantes.

Muitos apenas apreciam olhando da janela do trem, que sai de Curitiba com destino a Morretes. Nunca fiz esse passeio, o mais próximo que estive desse trem, foi quando esperamos ele passar para atravessarmos os trilhos. Nunca é demais dizer: “Mantenha distância”, ou entre na casinha.

Nosso objetivo principal era subir a montanha mais alta, o Olimpo. Mas como meus amigos dizem: “o Abilio não sai de casa sem tomar café”. Realmente, não me lembro de quando foi a última vez que sai da minha casa sem antes sentar e tomar um café, bem sossegado. Por isso, ou por erro de planejamento, chegamos na base do Marumbi aproximadamente, 9 da manhã e não tivemos autorização de trilhar pelo Olimpo. A escolha foi do tipo pense rápido. Escolhemos uma que a trilha é mais rápida que o Olimpo, mas o caminho mais díficil. A temida fita vermelha, seria nossa guia.

Antes de começarmos a subir, hora de recarregar um pouco. Água, amendoim, banana, um lanchinho básico, já que do IAP até a base do Marumbi a caminhada tem aproximadamente 5 km. Foi meio revoltante ver trilheiros passando nos seus carros 4×4, acelerando e nos deixando para trás. Devagar e sempre. Vamos lá, cada um no seu ritmo.

Trilhando

O percurso é de escalaminhada, a trilha é considerada difícil, exige bastante do preparo físico, por isso, se estiver sedentário, eu recomendo escolher uma mais leve. Estavámos em 4 pessoas, grupos pequenos são recomendados nesses casos, muitas vezes os grupos se dividem e é dificil ficar atento a todos. A Regina, Ito e Déia, toparam esse desafio, ninguém conhecia essa trilha, talvez por isso, o Ito, tenha sido maior agitador nos grupos do Whatsapp. Ele convidou vários amigos, todos os dias reforçava o convite. No dia, no inicio da subida, achei que ele desistiria, várias vezes ele disse: “Já esta bom, ja podemos voltar”. Ainda bem, que a Déia é ponta firme e incentivou e não deixou ele abandonar o grupo, a  cada reclamação, uma barrinha de cereal, fruta ou água. A mochila deles devia ter uns 15 kg de comida.

A montanha foi só nossa durante toda a subida, não encontramos nenhum outro grupo. O frio, e a dificuldade com certeza colaboraram para isso. Mas gosto de encontrar pessoas, e trocar aquelas poucas palavras que incentivam e acrescentam nas histórias. Se bem, que muitas vezes, durante as conversas no próprio grupo as respostas são apenas mentais para economizar o fôlego. A Déia, gosta de um bom papo, durante vários momentos eu ouvia a Regina dizer para ela: “Você fala mais que a boca”.

Durante vários momentos perdi a voz, o folego e quase perdia o rumo. Meus óculos, embaçaram muito e várias vezes nos piores momentos. Muitas raizes, pedras e grampos, muitos grampos pelo caminho, Sem falar nas correntes, cordas e queda d`água. Toda essa dificuldade deixa cada vez mais sofrida a conquista da montanha, e também engrandecem a conquista. É para poucos, só os loucos sabem.

A chegada no topo foi comemorada aos gritos, a vista é muito bonita, pelo menos pelo pouco tempo que pudemos ver, as nuvens logo cobriram tudo e deixaram o branco tomar conta de tudo, mas os paredões das montanhas ao lado, os trens passando lá embaixo, a floresta, a vista dos morros mais distantes,  Salto dos Macacos, e o silêncio, para mim uma das melhores conquistas ao chegar no topo de alguma montanha, além de tudo superado pelo caminho é o silêncio.

Sempre que subir aproveite seu tempo da maneira que achar melhor, descanse, tire fotos, faça um lanche, nesse caso, assine o caderno de visitantes. Aprecie!

PARQUE ESTADUAL PICO DO MARUMBI

Para chegar a pé deve-se seguir de carro pela BR-277 ou pela Estrada da Graciosa até o distrito de Porto de Cima, em Morretes. Beirando ao Rio Nhundiaquara está a Estrada de Prainhas, que levará até a Estação Engenheiro Lange, esse trecho compreende aproximadamente 8 km de estrada de chão. Com veículos de tração nas quatro rodas é possível chegar até a Estação Engenheiro Lange. Porém, para veículos baixos, é necessário deixar o carro estacionado próximo ao Centro de Visitantes do IAP, em Prainhas, em locais autorizados. Da Estação Engenheiro Lange até a administração do Parque são mais 900 metros de trilha, percorridas em meia hora aproximadamente.

Infraestrutura

Assim que você e seu grupo chegarem ao Parque passe primeiro na administração e preencha o cadastro de visitação e receba informações sobre a Unidade de Conservação, regras de uso, normas de seguranças, além de informações sobre as condições das trilhas e escaladas. O cadastramento é um procedimento fundamental para sua segurança!

Informações

Parque Estadual do Marumbi
Gerente: Lothário H. Stoltz Jr – KIKKO
(41) 3462-2954 (Parque) ou (41) 3462-3598 (Público)
E-mail: pemarumbi@iap.pr.gov.br
Funcionamento do Parque: quarta-feira à segunda-feira e Feriados 8h30 às 18h00.