Pico Itapiroca

Resumo

Localização: Fazenda Pico Paraná
Distância de Curitiba: Aproximadamente 60 km do centro de Curitiba – mapa
Altitude: 1805 m
Dificuldade: Intermediária
Trajeto em trilha: Aproximadamente 10 km
Tempo médio de subida: Aproximadamente 3 horas e meia
Valor da entrada: R$ 20 por pessoa (dinheiro)
Camping: Permitido. É proibido fazer fogueiras

Coloquei na cabeça que voltaria para essa trilha, esperei um bom tempo para voltar. Nos dias que antecederam o dia da trilha eu me pegava pensando o tempo todo e cheguei a sonhar com a conquista.

Feriado de 7 de setembro – tempo limpo e temperatura agradável no amanhecer em Curitiba. Iniciei a trilha as 8:30, no trajeto até o Morro do Getúlio, fui encontrando outros grupos de trilheiros animados com a aventura. A trilha começa com boas súbidas, mas também vai dando alegrias com os pontos de observação no caminho, como a pedra do grito.

Encontrei uma senhora, ela se apresentou como a vovó trilheira, estava acampando da base e iria conquistar o Pico Paraná. Foi uma injeção de ânimo e de amor a vida.

Com mais ou menos 1 hora e 30 minutos chego ao Morro do Getúlio, fico feliz com meu desempenho, tomo um pouco de água, como uma fruta, aproveito a paisagem e mentalizo que vou conseguir. Dali é possível observar a represa do Capivari, para quem não conhece é uma das trilhas com o visual mais bonito da região. Também é possível ver de frente as duas montanhas Caratuva e Itapiroca.

Sigo na trilha e logo chego na primeira bifurcação, essa fomosa placa com a direção das montanhas. Meu destino é seguir em direção ao Itapiroca que até certo ponto é a mesma trilha que leva ao Pico Paraná.

Esse trecho é um pouco mais difícil, é cheio de raízes, mais inclinado e mata mais fechada. Vou concentrada e apreciando a beleza da Mata Atlantica, um pontos mais preservados que temos. Faço uma pausa rápida para me refrescar na bica d’água e sigo.

Normalmente, eu levo água e comida de sobra, gosto da tranquilidade que isso me traz, mesmo sabendo que é um peso a mais na mochila.

A segunda placa de marcação separa a trilha para o Pico Paraná e a entrada para o cume do Itapiroca. No dia que fui estava com bastante água e barro, havia chovido durante a semana, e pela vegetação alta cobrir o solo ainda não havia secado.

Ja estava feliz, porque desse ponto eu ja conseguia ver o final da trilha, mesmo sem saber quanto ainda teria que andar por ser a primeira vez ali.

Confesso que não resisti quando em uma clareira olhei para o lado e dei de cara o Pico Paraná, expontaneamente soltei a expressão “UAU!”. Que majestoso. Faltavam apenas alguns metros e logo o desafio estaria concluído.

No topo, encontrei um casal que estava acampando, mais dois trilheiros com seus cachorros aventureiros. Estava cansado, mais ainda assim faltava um pouco para registrar meu nome no livro de visitantes.

Apenas depois de assinar o livro parei e descansei um pouco. Hora de aproveitar o lanche e a vista. De um lado esta o Camapuã e Tucum, de outro o Caratuva e de frente o Pico Paraná. O visual impressiona, o vento traz uma sensação boa, mesmo com o Sol forte de aproximadamente meio dia.

Feliz com mais essa conquista, voltei cansado, mas revigorado com a satisfação de poder viver tudo isso.